domingo, 31 de julho de 2016

Coisas quebradas!




Ela bateu em meu portão,mas  não quis abrir, nela já não havia mais sorriso, e nem fé, só um poço de orgulho e vaidade. As roupas ela pediu, mas não havia mais o que buscar. Entre os cacos de vidros e coisas quebradas,  As lembranças boas ainda prevalecem. Na cama vazia, na casa gelada, ainda escuto os gritos e desespero de algo que nem começou e terminou.
É triste e as vezes incompreensível, o porque ficamos presos ao passado, o porque temos medo de abraçar o novo. Mas tudo na vida é passageiro e certas coisas marcam nossas vidas de formas tão violentas. Antes... No rosto vi, era como olhar no espelho, era eu, era a minha história sendo vivida na vida de outro alguém.
Os momentos que guardei, as risadas sem motivos, a tempo não sorria assim, foi como um acorda, um faísca que reacendeu meu eu. Não sou santo e nem quero ser, porque ser,  é um fardo muito grande.  Mas termino aqui, e junto os cacos de vidros e coisas quebradas. Coloco no lixo com todo cuidado para não se corta. Pois tudo que é material fica e a única coisa que vou carregar é aquele sorriso que insiste em ficar.

Marcelo Roldão Matos
~22:05

08/08/2016

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