quinta-feira, 18 de março de 2010

O Espelho

Quantas vezes, amigo, você disse para eu sair, para não acreditar, e eu que achei que estava certo, com o meu orgulho febril continuei a insistir, achando que era como gotas de água, que bate até furar, mas o coração daquela nunca foi de pedra, mas sim de aço. Temos que entender e perceber que nem toda a luz é para se aproximar, é como o mosquito em direção a lâmpada, acaba a se queimar.

Assim fui eu, acreditei e fui em frente, e no final me queimei, pois aquela luz não era verdadeira e não tinha sentido. Era só um espelho de fundo de aço, refletindo a minha própria luz, no final da historia, eu estava gostando de mim mesmo, e presenciando tudo que eu sou, e fui.

Lutar contra mim mesmo, nunca foi fácil, em um corpo que tem uma entidade de varias faces, todos os dias era um e pensava diferente. Pois acorda neste mundo nunca foi fácil, nunca foi alegre ou feliz. E você disse amigo, para eu não ir e eu fui, e sabe o que tinha lá? Nada, era só um espelho que refletia minha própria luz, era eu gostando de mim mesmo.

Ao me deparar com a minha imagem, em frente ao espelho de fundo de aço, me senti mal, e sem coragem, pois minha imagem não era nada legal. O espelho era gelado e sem sentimento, mas tudo que eu fazia de bom, ele me devolvia invertido.

De amor, recebi ódio, dei atenção recebi separação, não aditava eu ser legal com o espelho, pois a imagem que ele me devolvia era sempre o inverso, somente o reflexo.

Então amigo, eu olhei para o espelho e falei coisas horríveis, torturei e injurie, e no final o que eu recebi, atenção e carinho.

Virei as costas e disse adeus e o espelho me disse olá, não tem como ficar aqui a olhar minha imagem e lutar contra mim mesmo. E neste momento eu consegui descobri o porque das pessoas se apegarem tanto aquele espelho, pois lá eles encontravam a si mesmo, e assim fui eu, me encontrei e agora sei para onde ir.

Marcelo Roldão Matos

16/03/2010~

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